JEFTÉ: PARTE III — AS FERIDAS NA ALMA E SUAS RETALIAÇÕES
JEFTÉ: PARTE III — AS FERIDAS NA ALMA E SUAS RETALIAÇÕES
O voto de Jefté revela uma religiosidade confusa, misturada com influências pagãs. Os sacrifícios humanos eram práticas comuns entre os povos vizinhos, especialmente os adoradores de Moloque — o deus amonita que exigia vidas humanas em troca de vitórias.
Mas Deus nunca pediu isso. A Sua Palavra é clara: Ele abomina esse tipo de sacrifício (Levítico 18:21; Deuteronômio 12:31).
O voto de Jefté nasceu de um coração ferido, tentando agradar um Deus santo com atitudes doentes. Ele foi mais influenciado pelos traumas da rejeição do que pelo conhecimento de quem Deus realmente é — Pai de órfãos (Salmos 68:5), Deus que sara (Jeová Rafah).
Jefté venceu a guerra externa, mas perdeu a sua descendência. Sua filha — a única — foi entregue em sacrifício, ou talvez consagrada ao celibato perpétuo, conforme algumas interpretações. Seja como for, sua linhagem terminou ali.
Sua trajetória foi curta. Seis anos e depois morreu.
Jefté perdeu a batalha dentro de si mesmo.
A capacidade de controlar os impulsos emocionais é mais valiosa do que ter força física ou poder sobre outros.
Há vitórias que enchem os olhos, mas não curam o coração. Há conquistas que arrancam aplausos dos homens, mas deixam a alma em ruínas.
Gatilhos são acionados em algumas situações específicas para cada um de nós. Então tendemos a nos afastar de ambientes ou pessoas e, ou atacá-los.
O verdadeiro campo de batalha está dentro de nós. E muitos líderes, como Sansão, Saul ou até mesmo Jefté, provaram que é possível vencer do lado de fora… e se perder por dentro.
Dominar a si mesmo exige rendição total ao Espírito, como diz Provérbios 16:32.
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