Apóstolo Paulo e a defesa de sua identidade e do seu chamado
Você já se sentiu rejeitado pelos seus irmãos como José do Egito?
Já se sentiu desprezado pela sua família, como o jovem Davi?
Já se sentiu deslocado no meio em que vive, como Abraão?
Já teve que se auto-humilhar por causa de Cristo e se auto-exaltar em defesa do seu chamado?
Te apresento alguém que passou por tudo isto.
"Paulo, apóstolo (não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai)" | Gl. 1:1.
Paulo subjugou Saulo, o velho homem, deixando nascer um homem forjado nos moldes de Cristo, um homem firme, equilibrado e decidido, um cristão verdadeiro e cônscio de seus DIREITOS e DEVERES de cidadão e apóstolo.
Também teve que subjugar a segregação racial e social.
Saulo era um homem agressivo, intolerante e autossuficiente.
Paulo demonstrava um alto grau de gratidão a Deus pela remissão de seus pecados e de sua regeneração social e espiritual.
Paulo se policiava constantemente e era extremamente exigente consigo. Só se sentia satisfeito fazendo o melhor de si. Era um perfeccionista, comportamento típico do homem de temperamento melancólico.
Paulo reconhecia suas fraquezas e derrotas mas nunca se dava por vencido, sabia como ninguém, levantar-se e recomeçar tudo de novo.
Era um homem determinado, um visionário acerca do reino de Deus e de sua unidade.
Paulo, após sua conversão, passou a viver para os outros. Sua preocupação e sua vida passaram a estar envolvida no amor e na comunhão de Cristo e com o bem-estar físico e espiritual dos crentes.
O apóstolo Paulo tinha força de vontade, era dinâmico, prático e muito eficiente – características de alguém com um temperamento colérico.
Paulo levou o Evangelho com o mesmo fervor que levava o judaísmo farisaico.
Duvidaram da sua conversão, rejeitaram sua companhia, desprezaram o seu chamado e separação como apóstolo.
Foi perseguido e preso por várias vezes, assim como ele fazia com outros antes, quando defendia o que acreditava mas, não desanimou pois sabia quem era Jesus e tinha certeza de que ele era um escolhido e enviado para o matadouro (Lc.11:49-50).
Paulo foi constrangido a gloriar-se a si mesmo, por causa do desprezo que estava sofrendo, por parte daqueles que não deveriam (2° Co. 12:11).
É desprezado e fala de seus sofrimentos como apóstolo | 2° Co.11:5-6, 16-23.
"Eu não me acho inferior a qualquer um desses 'super-apóstolos'. Talvez eu seja limitado na minha habilidade de falar, mas não sou no conhecimento...
Não pensem que eu sou tolo; mas se alguém pensar assim, então que me aceite como também aceita os verdadeiramente tolos.
Eu me orgulho porque tenho confiança em mim. Eu não falo com a autoridade do Senhor, mas como um tolo, por que vocês me forçaram a tomar esta atitude.
Desde que há muitas pessoas que se orgulham das suas vidas neste mundo, eu também vou me orgulhar...
Porém, se alguém se atrever a se orgulhar de alguma coisa, eu também me atreverei (falo como um tolo). Eles são hebreus? Eu também sou. São israelitas? Eu também sou. São descendentes de Abraão? Eu também sou. São servos de Cristo? Eu sou ainda mais (sou louco ao dizer isto).
Trabalhei muito mais do que eles"
Quanto ao seu próprio apostolado, não se sentia inferior aos demais apóstolos, pois tinha certeza que recebeu em revelação sua comissão pelo próprio Cristo e procurava fazer com que irmãos reconhecessem o seu ministério.
"Paulo, apóstolo pela vontade de Deus". Assim iniciava a maioria das suas cartas | Rm.1:1; 1°Co.1:1; 2°Co.1:1; Gl.1:1; Ef.1:1; Cl.1:1; 1°Tm.1:1; 2°Tm.1:1; Tt.1:1.
Paulo defendia seus direitos e consideração como ministro do Evangelho. Por causa disto alguns o consideravam arrogante.
Era autêntico e sem máscaras na sua conduta. Caminhava segundo o que Deus lhe falava e segundo aquilo que acreditava.
Paulo, em seu tempo de exclusão e anonimato em Tarso, provavelmente releu todo o VT, abandonou todas as suas convicções judaico-farisaico e escreveu as revelações recebidas pelo Espírito Santo e descritas nas cartas paulinas.
Era um homem que falava o que vivia e sofria. Homem sem cobiça, vaidade ou interesses próprios.
Era consciente de suas limitações e fraquezas. Ao mesmo tempo que era muito espiritualizado, lutava contra um espinho na carne e contra certas inclinações e impulsividade pelo pecado.
Cometeu erros e reconheceu.
Era obediente ao seu chamado.
Podia ter desistido mas não o fez.
Defendeu o Evangelho quando seus princípios eram jeitosamente trocados por doutrinas convencionais e interesses particulares.
Repreendeu a Pedro quando necessário, pois lutava contra a descriminação e a segregação de pessoas.
Paulo nunca se preocupou em criar grupos para si, mas em arrebanhar pessoas para a unidade do Corpo e do Reino de Deus (Jo.17:20-21).
Rejeições e desprezo pelos chamados, capacitados e enviados por Deus sempre houve, desde Caim e será até quando as duas testemunhas de Apocalipse 11:3-12 chegarem.
"Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós, para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis. Se, pelo nome de Cristo, sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória de Deus. Que nenhum de vós padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como o que se entremete em negócios alheios; mas, se padece como cristão, não se envergonhe; antes, glorifique a Deus nesta parte. Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus?" (1°Pe.4:12-17).
Irmaos desprezados, humilhe-se a si mesmo e tenha paciência e fé, crendo que Deus fará justiça aos que tem fome e sede de justiça.
E para vocês, irmãos, que estão numa posição superior, há um galardão para os que são justos.
Sim, há um galardão aos que recebem com gratidão, consideração e respeito os que Deus têm enviado para ajudar na expansão do Reino (Mt.10:41-42).
Comentários
Postar um comentário